14/07/2022
As mulheres gastam de 3 a 8 mil reais com absorventes durante a vida. Considerando que a renda anual dos 5% mais pobres no Brasil é de R$1920, é notória a inviabilidade financeira da compra de absorventes para muitas pessoas que menstruam. Além disso, 1,5 milhão de brasileiras vivem em residências sem acesso à banheiros e, portanto, sem conseguir higienizar adequadamente durante a menstruação. Isso é o que chamamos de pobreza menstrual.
Devido essa realidade, as acadêmicas da FAME Giovana Reche e Ana Laura Mesquita, que estão realizando o internato rural sob supervisão da professora Flaviany Faria, idealizaram o projeto DIGNIDADE MENSTRUAL PARA IBERTIOGA, a fim de descobrir mais dados sobre a pobreza menstrual na cidade, através de questionários aplicados pelos agentes de saúde.
Além disso, foi realizada a arrecadação de absorventes descartáveis para doação, palestras sobre educação sexual nas escolas, distribuição de cartilhas sobre educação menstrual para a população ibertiogana e duas oficinas de produção de absorventes de pano, com a intenção promover autonomia para as mulheres, já que elas poderão confeccionar os próprios absorventes reutilizáveis, reduzindo os gastos com absorventes descartáveis. Essas oficinas foram também ambiente de conversa sobre assuntos como: ciclo menstrual, sexualidade, contracepção, entre outros.