Dengue: um alerta para a saúde pública.

07/02/2024

Prof. Dr. Jonatan Marques Campos

Doutor em Bioengenharia – UFSJ

Prof. da Faculdade de Medicina de Barbacena – FAME

As arboviroses são doenças causadas por uma classe de vírus que são capazes de se replicar em insetos artrópodes como os mosquitos vetores Aedes aegypti e Aedes Albopictus. Os arbovírus com maior importância epidemiológica circulando atualmente no Brasil são os causadores das doenças Dengue, Zika e Chikungunya. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou até o momento 262.247 mil casos suspeitos de dengue, um número três vezes maior do que o mesmo período de 2023. Além disso, 29 mortes pela doença foram confirmadas e 173 estão em investigação.

O aumento dos casos de dengue se deve a diversos fatores, como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas, que favorecem a proliferação do mosquito vetor Aedes aegypti, o principal vetor da doença. Outro fator é o ressurgimento dos sorotipos 2, 3 e 4 do vírus da dengue no país, que podem causar formas mais graves da doença, especialmente em pessoas que já tiveram contato com outros sorotipos anteriormente. A dengue possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo da vida, uma vez por cada sorotipo. A cada nova infecção, o risco de complicações aumenta.

Os sintomas da dengue podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da doença, mas geralmente incluem febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, manchas vermelhas e coceira na pele. Em alguns casos, podem ocorrer sangramentos, queda da pressão arterial, estado de choque e até óbito. Por isso, é importante procurar um serviço de saúde ao apresentar os primeiros sinais da doença e seguir as orientações médicas. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e o tratamento consiste em aliviar os sintomas, hidratar o paciente e evitar o uso de medicamentos que possam aumentar o risco de hemorragia, como aspirina e anti-inflamatórios.

A prevenção da dengue depende principalmente do controle do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a Zika e a Chikungunya. O mosquito se reproduz em locais que acumulam água parada, como pneus, garrafas, vasos de plantas, caixas d’água, entre outros. Por isso, é fundamental eliminar esses possíveis criadouros, mantendo os recipientes limpos e tampados, descartando o lixo adequadamente e evitando o acúmulo de água em calhas e lajes. Outras medidas de prevenção incluem o uso de repelentes, mosquiteiros e telas nas janelas.

Uma novidade na prevenção da dengue é a vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Anvisa em março de 2023. A vacina é tetravalente e protege contra os quatro sorotipos da Dengue. É uma vacina desenvolvida com a técnica de vírus vivo atenuado, administrada em 2 doses com intervalo de 3 meses, independentemente de ter tido ou não dengue previamente. A vacina pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos, tanto as que já tiveram dengue quanto as que nunca foram infectadas. A vacina Qdenga foi incorporada ao SUS em dezembro de 2023 e começou a ser aplicada em fevereiro de 2024, mas de forma restrita, devido ao quantitativo limitado de doses. O objetivo do ministério da saúde é ampliar o quanto antes a distribuição para todo o público-alvo. A vacina Qdenga representa um avanço na luta contra a dengue, mas não dispensa as demais medidas de prevenção e controle do mosquito. Além disso, a vacina não protege contra as outras arboviroses, como a Zika e Chikungunya que também representam um risco para a saúde pública. Por isso, é essencial que a população se conscientize sobre a importância da vigilância e da participação ativa no combate às arboviroses, que são doenças evitáveis e que podem ser eliminadas com a colaboração de todos.

Arboviroses: um alerta para a saúde pública.

Prof. Dr. Jonatan Marques Campos

Doutor em Bioengenharia – UFSJ

Prof. Faculdade de Medicina de Barbacena – FAME

As arboviroses são doenças causadas por uma classe de vírus que são capazes de se replicar em insetos artrópodes como os mosquitos vetores Aedes aegypti e Aedes Albopictus. Os arbovírus com maior importância epidemiológica circulando atualmente no Brasil são os causadores das doenças Dengue, Zika e Chikungunya. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou até o momento 262.247 mil casos suspeitos de dengue, um número três vezes maior do que o mesmo período de 2023. Além disso, 29 mortes pela doença foram confirmadas e 173 estão em investigação.

O aumento dos casos de dengue se deve a diversos fatores, como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas, que favorecem a proliferação do mosquito vetor Aedes aegypti, o principal vetor da doença. Outro fator é o ressurgimento dos sorotipos 2, 3 e 4 do vírus da dengue no país, que podem causar formas mais graves da doença, especialmente em pessoas que já tiveram contato com outros sorotipos anteriormente. A dengue possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo da vida, uma vez por cada sorotipo. A cada nova infecção, o risco de complicações aumenta.

Os sintomas da dengue podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da doença, mas geralmente incluem febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, manchas vermelhas e coceira na pele. Em alguns casos, podem ocorrer sangramentos, queda da pressão arterial, estado de choque e até óbito. Por isso, é importante procurar um serviço de saúde ao apresentar os primeiros sinais da doença e seguir as orientações médicas. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e o tratamento consiste em aliviar os sintomas, hidratar o paciente e evitar o uso de medicamentos que possam aumentar o risco de hemorragia, como aspirina e anti-inflamatórios.

A prevenção da dengue depende principalmente do controle do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a Zika e a Chikungunya. O mosquito se reproduz em locais que acumulam água parada, como pneus, garrafas, vasos de plantas, caixas d’água, entre outros. Por isso, é fundamental eliminar esses possíveis criadouros, mantendo os recipientes limpos e tampados, descartando o lixo adequadamente e evitando o acúmulo de água em calhas e lajes. Outras medidas de prevenção incluem o uso de repelentes, mosquiteiros e telas nas janelas.

Uma novidade na prevenção da dengue é a vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Anvisa em março de 2023. A vacina é tetravalente e protege contra os quatro sorotipos da Dengue. É uma vacina desenvolvida com a técnica de vírus vivo atenuado, administrada em 2 doses com intervalo de 3 meses, independentemente de ter tido ou não dengue previamente. A vacina pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos, tanto as que já tiveram dengue quanto as que nunca foram infectadas. A vacina Qdenga foi incorporada ao SUS em dezembro de 2023 e começou a ser aplicada em fevereiro de 2024, mas de forma restrita, devido ao quantitativo limitado de doses. O objetivo do ministério da saúde é ampliar o quanto antes a distribuição para todo o público-alvo. A vacina Qdenga representa um avanço na luta contra a dengue, mas não dispensa as demais medidas de prevenção e controle do mosquito. Além disso, a vacina não protege contra as outras arboviroses, como a Zika e Chikungunya que também representam um risco para a saúde pública. Por isso, é essencial que a população se conscientize sobre a importância da vigilância e da participação ativa no combate às arboviroses, que são doenças evitáveis e que podem ser eliminadas com a colaboração de todos.

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