DRC: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce

28/04/2021

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma das consequências de várias doenças que afetam os rins, como a hipertensão e a diabetes, e uma vez instalada, pode levar a perda progressiva do funcionamento dos rins, até a necessidade de fazer diálise. Segundo uma pesquisa realizada pela aluna da Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME), Letícia Caldeira Lima, do 9° período, por meio da Liga de Nefrologia, estima-se que cerca de 10% da população brasileira possui algum grau de lesão renal, sendo que a maioria não sabe que possui lesão nos rins.

“Isso se dá porque a DRC consiste em uma doença silenciosa, ou seja, não possui sinais ou sintomas em seu início, podendo adiar o seu diagnóstico. Por isso é importante conversar com seu médico e fazer exames, como a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina de rotina”, explica a acadêmica Letícia em sua breve pesquisa.

Os sintomas aparecem à medida que a lesão renal progride e os resíduos metabólicos se acumulam no sangue. Quando essa lesão é de leve a moderada pode causar apenas uma necessidade maior de urinar várias vezes durante a noite. “Mais tardiamente pode fazer com que os pacientes se sintam mais fracos e cansados, eo acúmulo de resíduos metabólicos também causa perda do apetite, náuseas e vômitos e um gosto desagradável na boca, podendo levar à desnutrição e perda de peso. As pessoas com DRC tendem a formar hematomas ou sangrar por um tempo anormalmente longo após um corte ou outro tipo de lesão. Além disso, diminui a capacidade do organismo de combater infecções e pode levar ao acometimento de articulações, com dor e inchaço – conhecida como gota”, esclarece a aluna.

Por ser uma doença grave e que pode ser evitada ou, ao menos, adiada, é muito importante a prevenção. Letícia traz os principais métodos de prevenir a doença. “A partir do controle da pressão arterial e dos níveis de glicose do sangue (e isso envolve consultas regulares de acordo com seu médico, bem como tomar os remédios na hora certa), evitar medicamentos que fazem mal aos rins como os anti-inflamatórios (tomar remédios apenas quando necessário e prescrito por um profissional da saúde), não fumar, manter um peso saudável, fazer exercícios físicos regularmente (como caminhar todos os dias por 30 minutos), e, por fim, evitar o consumo da carambola, que possui uma substância tóxica para o rim”, finaliza.

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