12/03/2021
Estes cuidados possuem como objetivo trazer conforto e qualidade de vida ao paciente
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A acadêmica da Faculdade de Medicina de Barbacena, Aline Reis Tavares, do 8° período, explicou em um breve artigo a importância dos cuidados paliativos. O objetivo é trazer holofotes e mostrar que estes cuidados não são somente um cuidado para pacientes terminais, mas sim um cuidado que deveria estar presente em todas as especialidades médicas.
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“Os cuidados paliativos objetivam trazer conforto e qualidade de vida ao paciente e no final das contas o nosso objetivo como médicos é poder impactar de forma positiva na qualidade de vida dos pacientes, seja através de tratamentos medicamentosos ou não, buscamos o conforto daqueles que nos procuram e por isso acredito que os cuidados paliativos são mais do que apenas uma área da oncologia”, explicou a aluna.
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Segue abaixo o texto da aluna realizado através da Liga Acadêmica de Oncologia e Cuidados Paliativos:
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Os cuidados paliativos são aqueles cuidados oferecidos para promover conforto aos pacientes e seus familiares, quando esses pacientes enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida. Eles buscam aliviar o sofrimento físico, como a dor, a falta de ar, a anorexia e sintomas psiquiátricos, e também a aliviar sintomas sociais, psicológicos e espirituais. Quando se diz respeito à assistência emocional tanto os pacientes, quanto os familiares tanto os profissionais possuem medos, angústias e dúvidas acerca do caminho natural da doença, o fim da vida.
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Para prestar esse atendimento emocional de forma adequada é necessário que os profissionais e pacientes formem vínculo através da conversa e é imprescindível que ambos os grupos estejam abertos a se manifestar, assim cabe ao profissional proporcionar a assistência aos pacientes e familiares, para que assim possa se definir qual o melhor recurso que pode ser fornecido para melhorar a qualidade de vida de todos.
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Vale ressaltar que os cuidados paliativos não são só dados pela equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e outros tantos profissionais da assistência em saúde, mas também é um cuidado familiar, a família é parte fundamental do processo paliativo e não deve abandonar o seu ente doente, mesmo que para isso seja necessário aceitar a iminência de sua ida e mesmo que esse seja um processo doloroso.
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Neste contexto, é preciso perceber que a terminalidade da vida não diz respeito à morte, mas diz respeito a desfrutar dos momentos finais da vida com máximo conforto e qualidade, seja em âmbito emocional ou físico. Na fase terminal os cuidados paliativos se tornam o tratamento prioritário e podem ser fornecidos em qualquer lugar, em casa, na UTI, na enfermaria, sempre, é claro, evitando o prolongamento do sofrimento.