12/04/2021
As acadêmicas Luísa Lisboa Abdo e Isabela Cássia Maia do Nascimento, ambas do 8º período da Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME), por meio da Liga Acadêmica de Dermatologia, trazem uma breve explicação sobre o melasma, que é uma condição frequente na população, sendo uma queixa comum nos consultórios dermatológicos.
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Segundo as alunas, ela é caracterizada pela alteração da pigmentação da pele, que se apresenta por máculas em geral simétricas, hiperpigmentadas, com margens irregulares e de limites definidos, acomete principalmente a face, colo e antebraços. A pigmentação do melasma pode variar, dependendo das condições expostas, por exemplo, ela tende a se agravar no verão e após exposição solar intensa, e tende a melhorar no inverno.
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A doença é de alta prevalência na população Brasileira, segundo uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), acomete cerca de 15% a 35% das mulheres brasileiras, dado o caráter crônico da doença, a impossibilidade de cura e por vezes podendo se apresentar com lesões muito marcantes na região da face o que pode ser um gatilho para baixa auto estima e dismorfismos corporais.
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É mais frequente em indivíduos de pele castanha a parda, e a predisposição familiar é um fator de risco importante. Uma das principais causas para o seu desenvolvimento, é a exposição solar crônica, além disso, anticoncepcional oral, gravidez e disfunção tireoidiana, também podem provocar essa alteração.
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O diagnóstico do melasma é fundamentalmente clínico. Atualmente há vários tratamentos disponíveis, como cremes, peeling, laser e luz pulsada, que têm como objetivos clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. Além disso, a base de todas as medidas terapêuticas é a proteção contra os raios ultravioletas e à luz visível, através do uso de um filtro solar potente. É muito importante destacar que somente o dermatologista é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar esta condição.
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“Por se tratar de uma condição que traz importante impacto na aparência do indivíduo, ela pode ocasionar estresse emocional e constrangimento social, o que altera a qualidade de vida dos pacientes acometidos, que muitas vezes sentem vergonha, baixa autoestima, anedonia e falta de motivação para sair de casa”, relataram no breve artigo. Assim, o melasma é uma condição importante na prática clínica e social, uma vez que, é muito comum e traz grandes impactos sociais.
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As acadêmicas Luísa e Isabela ainda disseram qual a melhor maneira de prevenir o melasma. “A maior prevenção para o melasma é a proteção solar. O filtro solar deve ser utilizado diariamente e se necessário deve ser reaplicado durante o dia, outras medidas englobam o uso de roupas, chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis”, finalizaram.