26/04/2021
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, também conhecida como Aids, é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus HIV. A forma mais comum de sua transmissão é pelo contato sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. Além disso, a sua transmissão pode ocorrer pelo uso de agulhas contaminadas, transfusões sanguíneas e até mesmo durante a gravidez, parto e pela amamentação.
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De acordo com uma pesquisa realizada por meio da Liga de Infectologia da acadêmica da Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME), Luiza Cotta Xavier, do 11° período, as manifestações clínicas da fase da infecção aguda é inespecífica, sendo caracterizada pela presença de febre, manchas vermelhas na pele, linfonodos aumentados, dor de garganta e dor nas articulações.
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“Quando o nosso sistema imunológico está em equilíbrio com o vírus ocorre uma latência clínica e o paciente pode ficar assintomático por 2 a 12 anos. A pessoa que vive com HIV será diagnosticada com Aids quando o seu sistema imunológico estiver muito baixo (CD4 menor que 200-350) favorecendo a outras infecções oportunistas como a candidíase esofágica, neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose e alguns tipos de câncer”, explica a aluna.
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Apesar de que as pessoas ficam por muitos anos assintomáticas, a OMS estima que 75% das pessoas que vivem com o vírus HIV estão cientes da sua condição.O diagnóstico é realizado através de testes rápidos (sangue ou fluido oral), sendo necessário dois testes positivos para que se confirme a doença. Além disso, pode ser realizado o imunoensaio que é o exame de referência para diagnosticar a doença. Ainda não existe a cura para o HIV, embora os tratamentos com antirretrovirais sejam muito bons para combater a multiplicação do vírus, de maneira que os pacientes vivem muitos anos de forma saudável.
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A aluna ainda diz que a prevenção combinada é uma medida eficaz, mas “é importante ressaltar que ela não substitui o uso de preservativos, devendo ser complementar”. A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) tem indicação específica e segmentos prioritários como: pessoas trans, profissionais do sexo, parceiros sorodiscordantes, homens que tem relação sexual com homens, entre outros. A Profilaxia Pós-exposição (PEP) é idealmente utilizada dentro das primeiras 2 horas de exposição, apesar de poder ser utilizada até as primeiras 72 horas.
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Há também a Profilaxia da Transmissão Vertical, que é utilizada em gestantes que vivem com HIV e devem ser tratadas tanto no pré-natal, parto e puerpério para que não seja transmitido para o bebê.
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Por fim, o uso da camisinha nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da aids. “Também é imprescindível usar somente seringas descartáveis. Procure fazer o teste Elisa ou o teste rápido oferecido pelo Centro de Referência em Treinamento em IST/Aids sempre que houver qualquer possibilidade de você ter-se infectado. Lembrando que as mulheres devem realizá-lo antes de engravidar”, finaliza.