24/03/2021
A acadêmica Giovana Bellettato explica um dos tratamentos realizados na SOP
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Neste breve artigo a acadêmica Giovana Bellettato Reche, do 8° período do curso de Medicina, por meio da Liga Acadêmica de Endocrinologia, relata sobre o tratamento utilizado na Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
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A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma síndrome muito comum entre mulheres em idade fértil e tem grande influência na vida dessas mulheres, uma vez que gera sintomas que afetam a qualidade de vida, podendo levar até à infertilidade. É uma síndrome de origem metabólica e endocrinológica, mas com grandes impactos na ginecologia, podendo levar à ciclos anovulatórios (ausência de ovulação nos ciclos) e a amenorréia (ausência de menstruação por longos períodos).
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A SOP está presente em 26% das meninas com diabetes, o que mostra uma relação íntima entre as duas doenças. Mas o que por muito tempo se achava ser apenas uma relação de causa e consequência – SOP levando à diabetes – é na verdade muito mais do que isso. As duas doenças possuem mecanismos de ação muito semelhantes, sendo uma das bases deste mecanismo a resistência à insulina no músculo e no tecido adiposo (gordura), ou seja, uma dificuldade da insulina de cumprir sua função de reduzir a glicemia.
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“Durante muito tempo o principal tratamento empregado para a SOP eram os anticoncepcionais hormonais, porém com a onda atual de questionamento sobre o impacto dos métodos hormonais na qualidade de vida e saúde das mulheres, o tratamento da SOP foi colocado em jogo”, explica a acadêmica da FAME.
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Por esse motivo, um dos tratamentos de escolha para SOP é a metformina, que irá agir reduzindo a produção hepática de glicose e interrompendo o ciclo de manutenção da resistência à insulina. Assim, pode parecer estranho à primeira vista tratar uma síndrome “ginecológica” com um remédio para diabetes, mas a verdade é que a SOP e a diabetes possuem mais coisas em comum do que parece.
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“Entender os mecanismos de ação da doença e as diferentes formas de tratamento é essencial para que mulheres com SOP possam reivindicar uma abordagem individualizada, podendo assumir a autonomia de escolha do melhor método de tratamento para si, juntamente com os profissionais de saúde”, conclui Giovana.
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