Acadêmicos explicam sobre PEP e PrEP, o que são e como funcionam

30/04/2021

HIV, sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+ e é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar o vírus rompe os linfócitos em busca de outras células para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos pacientes soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Entretanto, essas pessoas podem transmitir o vírus a outras pessoas durante as relações sexuais desprotegidas, no compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gestação e a amamentação. Por isso, é muito importante sempre tomar as devidas medidas de prevenção e realizar o teste periodicamente.
Entre 2016 e 2020 foram registrados mais de 11.000 casos da doença em Minas Gerais.

O HIV não tem cura e a única medida capaz de frear a propagação da doença é por meio da prevenção da sua transmissão. Além dos métodos conhecidos pela população como o uso da camisinha durante a relação sexual, existe ainda a profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a profilaxia
Pós-Exposição (PEP).

E para explicar mais sobre esses dois métodos os acadêmicos da FAME, Lucas Eduardo Santos Fonseca, do 9° período e Matheus Pessoa Oliveira, do 11° período, realizaram uma pesquisa sobre o assunto por meio da Liga de Infectologia. Segundo os alunos, a PEP é uma medida de prevenção
de urgência à infecção pelo HIV, que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essa infecção. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como: violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha) e acidentes ocupacionais (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). O acesso a PEP é um direito de todos e, é oferecida gratuitamente pelo SUS. O tratamento tem duração de 28 dias e deve ser iniciado o mais rápido possível, no
máximo até 72 horas após a exposição de risco.

A PrEP consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus HIV infecte o organismo, antes da pessoa ter contato com o vírus. Este serviço ainda não está disponível em Barbacena, mas pode ser encontrado em cidades como Juiz de fora e Belo Horizonte.


Diferentemente da PEP, que é voltada para toda a população que tenha vivenciado uma situação de risco de contágio, a PrEP é indicada apenas para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV. Deve-se considerar usar a PrEP em casos de população-chave como gays e
outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, profissionais do sexo e se não há o uso correto da camisinha em suas relações sexuais (anais ou vaginais).

“É importante ressaltar que o uso do medicamento não substitui o uso de camisinha, visto que essa previne as outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A PrEP é apenas uma medida de segurança para caso ocorra uma exposição de risco. Assim, o usuário estará protegido contra o
vírus do HIV”, enfatizam os acadêmicos.

O Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids, na Rua José Francisco Paes, 320 – Centro – Barbacena, oferece serviços como a PEP, testagem rápida para os vírus do HIV, sífilis e hepatites B e C, além do tratamento para as pessoas já diagnosticadas com doenças infectocontagiosas. A
realização de testes periódicos é de suma importância para que a transmissão seja diminuída, para que a pessoa infectada inicie o tratamento precocemente e para que não haja evolução para o quadro de AIDS.


http://indicadores.aids.gov.br

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